“Estou chocado com o tamanho da destruição ocorrida”, confessou Romeu Zema, que percorreu pontos afetados na cidade ao lado do prefeito Gustavo Nunes
O Governador Romeu Zema esteve nesta segunda-feira (13) em Ipatinga, onde visitou, entre outros locais, uma das áreas mais afetadas pelo temporal do último domingo, a rua Turim, no bairro Bethânia, onde cinco pessoas morreram num soterramento.
No local, acompanhado do prefeito Gustavo Nunes e do coronel Paulo Roberto Rezende, chefe do Gabinete Militar do Governador e da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, ele conversou com familiares das vítimas da tragédia e outras pessoas afetadas pelo deslizamento de terra, procurando levar consolo e esperança.
Assista a entrevista coletiva com governador Romeu Zema:
Dizendo-se sensível ao drama dos moradores afetados, o governador determinou a entrega imediata de dois caminhões com donativos no posto de recebimentos montado no estádio Ipatingão e também prometeu encaminhar aporte financeiro bastante representativo ao município para ajudá-lo a retomar sua normalidade.
“Estou chocado com o tamanho da destruição ocorrida aqui em Ipatinga. Vou me reunir com os comandantes militares e com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil para ver o que podemos fazer. Com certeza nós vamos ajudar no que for possível”, adiantou.
O Governo de Minas disponibilizou todo o aparato da Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar para ajudar no socorro às vítimas. Batalhões de toda a região enviaram apoio à cidade.
Junto ao prefeito Gustavo Nunes, o governador reforçou a necessidade de amparar e proteger quem ainda está nas áreas de risco e resiste à orientação para desocupação dos imóveis. São pessoas que insistem em ficar mesmo sabendo que podem ocorrer deslizamentos e desmoronamentos. “Eu faço um apelo a estas famílias para que deixem suas casas diante da orientação da Defesa Civil, que não paguem pra ver. Não podemos ter mais vítimas nessa tragédia e quem não deixar suas casas neste momento está colocando sua vida em risco”, disse.
A mesma mensagem foi reforçada pelo prefeito Gustavo Nunes, que na noite de domingo chegou a ir pessoalmente a alguns endereços em situação de insegurança para demover os moradores da intenção de permanecerem dentro das casas.
Ação rápida
O governador Romeu Zema ressaltou a ação rápida do município, que iniciou os atendimentos às famílias atingidas minutos após as primeiras ocorrências. Ao mesmo tempo, o município disponibilizou abrigos e toda estrutura necessária aos desalojados e desabrigados.
Luto oficial
Na tarde desta segunda-feira, o prefeito de Ipatinga decretou luto de 3 dias no município em razão da tragédia ocorrida domingo, que deixou o saldo de dez pessoas mortas.
“Neste momento de profunda tristeza, expressamos nossa solidariedade às famílias e amigos das vítimas. Nossos corações estão com todos aqueles que foram impactados por este evento devastador. Reforçamos o compromisso da administração municipal em oferecer todo o suporte necessário às famílias afetadas e continuar trabalhando para minimizar os impactos desta tragédia”, diz a nota publicada pela Prefeitura em suas redes sociais.
Obras em áreas de risco
O prefeito Gustavo Nunes também esclareceu que o município vem fazendo grandes investimentos em obras de infraestrutura nas regiões altas da cidade, como muros de arrimo e escadarias, além da limpeza constante de córregos, bocas de lobo e galerias, sendo os transtornos atualmente vividos decorrentes de chuvas que ultrapassaram 200mm num curto espaço de tempo e não da falta de atenção com medidas preventivas.
“Pela primeira vez em mais de 20 anos nós desassoreamos o ribeirão Ipanema e limpamos todas as margens do ribeirão de ponta a ponta. Também estamos realizando obras grandiosas de contenção de encostas e recuperação de vias, como as obras da rua Amós, no Canaãzinho, e rua Nossa Senhora Aparecida, no Limoeiro; obras no Vila Celeste; o Beco do Golfinho; alça da Maanaim e rua Hematita, no Iguaçu”, disse.
Durante entrevista à imprensa o prefeito fez um pedido ao lembrar que muitas tragédias são causadas por ocupações irregulares e invasões que ocorreram ao longo dos anos na cidade, com a conivência das autoridades. “Quando a gente fiscaliza invasões como temos feito de forma frequente nos dias atuais, não ataquem a prefeitura! Estamos evitando que essas construções irregulares sejam alvos de tragédia no futuro”, acentuou.
fonte: PMI/Secom
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