O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defendeu a implementação do semipresidencialismo no país para 2026. A declaração ocorreu durante um simpósio da Câmara sobre sistema político na última segunda-feira (5).
No regime de semipresidencialismo, o presidente da República continua sendo eleito por eleições diretas, porém é introduzida a figura de um primeiro-ministro, que é indicado pelo presidente eleito.
“Será o primeiro-ministro quem conduzirá o varejo político. E há possibilidade de destituição não traumática do primeiro-ministro se ele tiver perdido a sustentação política. O presidente não participa do varejo político”, disse Barroso. O ministro disse ainda que defende essa ideia para que não haja mais nenhum “interesse posto em mesa”.
Logo depois do posicionamento de Barroso, o ministro Gilmar Mendes foi às redes sociais para elogiar a proposta do semipresidencialismo. “As sucessivas crises do nosso sistema – com incansáveis invocações de impeachment – reclamam uma reforma que garanta a corresponsabilidade do Congresso Nacional nos deveres de governo. Representatividade e governabilidade podem andar juntas”, escreveu o ministro.
O jornalista político Max Cardoso criticou na manhã de terça-feira (6) o posicionamento de Barroso. O jornalista questionou ainda o que aconteceria se fosse o presidente Bolsonaro sugerindo uma mudança como essa.
“Imagina se o Bolsonaro fizesse um simpósio na Câmara querendo mudar como o nosso sistema judiciário é feito. O que ia acontecer? Agora, não tem problema o Judiciário querer mudar os poderes do presidente, do chefe maior do Executivo”, afirmou o jornalista.
fonte:https://tercalivre.com.br/barroso-defende-mudanca-do-regime-de-governo-do-brasil/
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